Voz da loucura

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Quem me grita?
Quem me chama?
Parece a voz aflita
Que meu coração proclama.
 
Uma doçura
Que queima como veneno;
Apenas o toque é a cura
Para tal pecado pleno.
 
Lábios que se enlaçam
Numa única sincronia,
Esquecendo as gotas que trespassam
O que mais temia.
 
Será o início do fim,
Uma sobredose de loucura;
Por momentos esqueço-me de mim
E abraço o beijo que me procura.

Sobre mim

"Sou pessoa, Forte e cobarde animal. Grito até que a alma me doa, Clamor de um pecado capital. […] Sou o que nunca fui, Tornei-me no que jamais serei. Nova calamidade que assim flui, Senil promessa que não quebrarei. Sou pessoa, Fútil ser onde o coração ecoa."

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