Voz da loucura
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Quem me grita?
Quem me chama?
Parece a voz aflita
Que meu coração proclama.
Uma doçura
Que queima como veneno;
Apenas o toque é a cura
Para tal pecado pleno.
Lábios que se enlaçam
Numa única sincronia,
Esquecendo as gotas que trespassam
O que mais temia.
Será o início do fim,
Uma sobredose de loucura;
Por momentos esqueço-me de mim
E abraço o beijo que me procura.

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