VI - Deus (sur)real

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Ele, criação de Afrodite a quem me dedico,
Devaneio que me preenche acordada.
Ente divino do qual não abdico,
Amável brutalidade que me faz sentir amada.
 
Olhar fatal que me seduz,
Espírito que sei que só a mim venera.
Desejo mútuo que me conduz,
União capaz de começar uma nova era.
 
Sentimento cobiçado por quem não merece,
Deus blasfemado, a ti dirijo a minha prece.

Sobre mim

"Sou pessoa, Forte e cobarde animal. Grito até que a alma me doa, Clamor de um pecado capital. […] Sou o que nunca fui, Tornei-me no que jamais serei. Nova calamidade que assim flui, Senil promessa que não quebrarei. Sou pessoa, Fútil ser onde o coração ecoa."

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