Post mortem

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Não me irá tornar melhor,
Mas ensiná-los-á a viver;
Não passa de uma mera lei,
Mas fará o coração sofrer;
Esquecerão o que houve de pior
E apenas lembrarão o sorriso que esbocei.
 
Um destino não profetizado,
A dor que faz um deus clamar
Num grito agora agonizado
Por alguém que não ouve evocar.
 
Palavras que serão guardadas
Como simples retratos pintados,
Recordando assim as vivências,
As lágrimas outrora derramadas.
Uma rosa com espinhos aguçados,
É assim o futuro de uma vida,
Onde deixarão de existir clemências
Numa caminhada só de ida.

Sobre mim

"Sou pessoa, Forte e cobarde animal. Grito até que a alma me doa, Clamor de um pecado capital. […] Sou o que nunca fui, Tornei-me no que jamais serei. Nova calamidade que assim flui, Senil promessa que não quebrarei. Sou pessoa, Fútil ser onde o coração ecoa."

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