Prisioneiro/a

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Quatro paredes,
Um destino incongruente.
Porque não vedes
O quanto estou inocente?
 
O cheiro dos excrementos,
O sabor a ferrugem,
São mórbidos tormentos
Dos fantasmas que me urgem.
 
Meu sangue marca cada dia
Sempre que amanhece
Aqui, nesta cela fria,
Onde o meu corpo aos poucos perece.
 
A vós imploro
A brisa para lá das grades,
Pois as lágrimas que choro
Cerrarão o pacto com Hades.
[…]

Sobre mim

"Sou pessoa, Forte e cobarde animal. Grito até que a alma me doa, Clamor de um pecado capital. […] Sou o que nunca fui, Tornei-me no que jamais serei. Nova calamidade que assim flui, Senil promessa que não quebrarei. Sou pessoa, Fútil ser onde o coração ecoa."

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