Entrelinhas

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Outrora fui melhor,
Fui o que diziam “ser”,
Guardando em mim o pior,
Prometendo não prometer.
 
Tentei ler nas entrelinhas,
Domesticar a lei da gravidade;
Apenas surgiram adivinhas
Para iludir a dor da saudade.
 
Ouvi chamarem-lhe de aspiração.
Ouvi chamarem-lhe de ignorância.
Eu chamo de sonho sem razão
Ao querer combater a distância.
[…]

Sobre mim

"Sou pessoa, Forte e cobarde animal. Grito até que a alma me doa, Clamor de um pecado capital. […] Sou o que nunca fui, Tornei-me no que jamais serei. Nova calamidade que assim flui, Senil promessa que não quebrarei. Sou pessoa, Fútil ser onde o coração ecoa."

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