#213: Fado cruel

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O que será de mim
Quando eu desaparecer,
Quando chegar o fim
E eu deixar de ver?

O que será de ti
E da tua glória,
Quando o futuro que não vivi
Não passar de uma falsa memória?

O que será de tudo
Quando a minha alma for consumida
Por um verme carnudo
E, assim, permanecer esquecida?

Sobre mim

"Sou pessoa, Forte e cobarde animal. Grito até que a alma me doa, Clamor de um pecado capital. […] Sou o que nunca fui, Tornei-me no que jamais serei. Nova calamidade que assim flui, Senil promessa que não quebrarei. Sou pessoa, Fútil ser onde o coração ecoa."

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