O céu na terra
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Procuro o aliviar do céu,
A paz no meu subconsciente.
Sinto agora o poder da terra,
O levantar do opaco véu,
Como o libertar de uma fera.
Fortaleço assim o meu eu;
Torno-me gente.
Meu espírito desistiu de ser ateu,
Deixou para trás palavras esquecidas
E deu lugar a actos recordados;
Esqueceu as histórias entorpecidas
E abriu portas aos meus vários fados.
Meu corpo fala sem temor,
Sabendo que o calarão;
Mostra apenas o seu valor,
As sombras acompalhá-lo-ão.
Junto-me a outros sem advertência,
Iguais e sem medo da consequência.
Hoje faço parte da multidão,
Pertenço a este Mundo
Como um filho a uma mãe;
Tenho direito a uma opinião,
Mesmo sendo eu ninguém.
Hoje sou o que sonhar ser,
Pois não deixarei a quimera morrer!

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