IV - Fruto proibido

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Sensualidade que fez dela um pecado,
Ventre cujo fruto proibido carrega.
Triste ser que se sente renegado,
Forte atracção que este não nega.
 
Bastardo que se adopta legítimo,
Aleive que custará uma vida.
Mãe que esconde o seu íntimo,
Mulher que jamais voltará a ser altiva.
 
Terno amante que o perdão lhe concede,
Impiedoso fado cuja ilação não mede.

Sobre mim

"Sou pessoa, Forte e cobarde animal. Grito até que a alma me doa, Clamor de um pecado capital. […] Sou o que nunca fui, Tornei-me no que jamais serei. Nova calamidade que assim flui, Senil promessa que não quebrarei. Sou pessoa, Fútil ser onde o coração ecoa."

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