O silenciar do grito

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Pergunto eu,
Que sou uma pobre ignorante em vivências,
Que sociedade é esta,
Onde o rico engrandece
E o pobre perece?
Sugeria uma lavagem de consciências,
Por um termo às dependências.
Mas o meu falar ecoa como ritmo de festa,
Ouvir no momento e jamais reviver.
Tento imaginar como será não ter ninguém a meu lado,
Pedir para não ter que suplicar,
Dizer para mim mesma num sussurro
Que se juntou a fome à vontade de comer.
Dói como um mal criado…
O silenciar de um urro.
Algo que os sonhos nunca sonharam,
Nem os deuses jamais pensaram.
Seres de alma ausente,
Entes cujo futuro diz mais que o presente.
Todos nós temos uma hora,
Mas nem todos têm uma oportunidade.
Se acredito que o Mundo melhora?
Deixo isso nas mãos da realidade.

Sobre mim

"Sou pessoa, Forte e cobarde animal. Grito até que a alma me doa, Clamor de um pecado capital. […] Sou o que nunca fui, Tornei-me no que jamais serei. Nova calamidade que assim flui, Senil promessa que não quebrarei. Sou pessoa, Fútil ser onde o coração ecoa."

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