Ingénua memória

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Recordo-me de uma memória ditosa,
Despida e simplesmente nua.
Lembranças de uma vida outrora jocosa,
Naquele tempo de criança de rua.
 
Observo aquela antiga caminhada,
Velho e empoeirado rumo.
Passado que foi uma quadra cantada,
Dor que se desvanecia como fumo.
 
Corpo de mulher a que me amparo,
Ingénua petiza da qual não me separo.

Sobre mim

"Sou pessoa, Forte e cobarde animal. Grito até que a alma me doa, Clamor de um pecado capital. […] Sou o que nunca fui, Tornei-me no que jamais serei. Nova calamidade que assim flui, Senil promessa que não quebrarei. Sou pessoa, Fútil ser onde o coração ecoa."

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