Terra mia

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Escuto um novo amanhecer murmurar,
O desafinar de um galo no poleiro
Anunciando ao povo um novo despertar,
Um outro dia para ser vivido por inteiro.
 
As andorinhas fazem os ninhos nos beirais,
Os homens desafiam a sua pouca sorte,
Vivendo da terra como meros mortais
Esquecendo todo e qualquer medo da morte.
 
O cheiro forte do café matinal,
O olhar sereno de quem vive mais um dia,
Fazem-me ter saudades da minha aldeia trivial,
Saudades de sorrir em virtude da alegria.
 
Nostalgias que recordarei sem escrever,
De um vilar que me ensinou a viver.

Sobre mim

"Sou pessoa, Forte e cobarde animal. Grito até que a alma me doa, Clamor de um pecado capital. […] Sou o que nunca fui, Tornei-me no que jamais serei. Nova calamidade que assim flui, Senil promessa que não quebrarei. Sou pessoa, Fútil ser onde o coração ecoa."

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